Monk-Scribe Astride a Dragon - mid 12th cent. NY's Met.MA |
Passou um ano e é tempo de avaliação. Este blog começou como uma experiência, uma contribuição para as conversas entre amigos próximos, ou a continuação dessas conversas, de acordo com a evolução da actualidade nacional e internacional. Começou por ser um blog privado, ou seja, aberto apenas a um grupo restrito que conhecia o título e fechado às pesquisas em série ou aleatórias.
Após várias hesitações, foi sendo aberto apenas parcialmente, devido a quem foi passando o endereço a um e a outros e se foram estabelecendo links com pessoas com quem é interessante dialogar, cada qual à sua maneira. Mais difícil é estabelecer o tipo de tertúlia que aparece naturalmente quando há vários contribuidores a escreverem posts.
Alguns comentadores têm a self-assurance de o fazerem na zona própria do blog. Outros, temendo a exposição, mesmo num blogue discreto como este, preferem faze-lo por e-mail, sms ou telefone, o que quase sempre é uma pena, pois aparecem comentários com interesse e humor que deviam ser partilhados. Por exemplo, alguém escreveu com grande verve, que entrou no primeiro blog por curiosidade, passou aos blogs associados e se perdeu no labirinto. Este ainda mandou um e-mail, outros provavelmente nunca mais ninguém os viu. Como reassurance, devo acrescentar que este não é o labirinto do Minotauro… É certo que este blogue foi dividido bastante cedo em quatro blogues interligados, pois alguns leitores comunicaram que o progresso de quatro linhas diferentes de textos lhes estava a criar confusão.
Outro comentário recorrente é a eventual publicação em livro de uma ou outra das linhas de histórias, por livro significando o suporte em papel, fora do qual nada parece ter seriedade ou permanência. Não sei se ainda assim é. Aproveitando a resposta a um outro comentário, penso que os blogs são o seu próprio género. Podem ser um exercício em futilidade ou uma caixa de Pandora para quem escreve. Agrupam quem lê por áreas de interesse. Nunca são inocentes e ao entrar na net obtêm o que mais se aproxima da intemporalidade. Como os livros, têm a sua própria difusão, mais do que os livros, nunca desaparecem.
Deve ser aparente a quem siga o blogue com um pouco de assiduidade, que ultimamente este tem atravessado uma espécie de eclipse parcial. A razão é óbvia para quem siga a evolução dos temas dos posts, os quais frequentemente indicam o que vai acontecer se... e que depois efectivamente aconteceu porque...
Repetem-se na Europa problemas cuja solução tem precedentes, repete-se em Portugal uma história que já foi satisfatoriamente resolvida noutros países, repetem-se com as pessoas situações evitáveis, que embora atinjam cada um de forma diferente, acabam por ser deprimentes para todos. Será que a incapacidade de aprender com as experiências passadas se propaga como uma epidemia mortal?
Felizmente, todos os eclipses são por natureza temporários.
JSR
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